quarta-feira, 22 de abril de 2009

A novidade era o máximo ,um paradoxo estendido na areia...

O que diferencia o culto ao clássico do culto ao antigo? Muitos não fazem distinção entre os dois, mas há uma linha muito tênue nessa fronteira... Dentre tantos lugares onde essa discussão faz-se presente cito a música. Muitos amigos meus defendem ferozmente a idéia do “só o que é antigo presta”. Eu adoro a música antiga, mas concordo com eles até certo ponto. Aonde é que o bom gosto se transforma em saudosismo exagerado? Acaba-se criando um pré conceito ao novo. É fato que há tempos não passamos por um período fértil no cenário musical, como na época da tropicália, por exemplo. A música sempre acompanhou os períodos da história, a sociedade. A impressão que dá é que ela amadureceu e desde então vem morrendo, como se não tivesse porquê de ser. Um reflexo talvez de nossa sociedade apática. Mas creio que na época da tropicália ou da bossa nova, muita gente não estava nem aí para elas. Vieram a se interessar depois que o período tinha acabado...vai entender?

Tem muita gente fazendo trabalhos bacanas por aí. E se estas exceções devido à falta de incentivo, desistirem de agradar aos nossos ouvidos, o que será de nós?Ou ainda, se a gente só der conta de ter vivido numa época importante depois dela ter passado?Não vai dar pra chorar sobre o leite derramado no dia de ontem. Então que venha a novidade!

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