terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Samba deles















Maria do Socorro
Suas pernas torneadas
Pelas ladeiras do morro
Ela vai no baile funk
De shortinho top e gorro
É afim do Zé Galinha
Mas namora o Zé Cachorro

E no baile
Só da ela
Só da ela
Ja foi miss comunidade da favela
Hoje sonha em morar noutro lugar
Mas Zé Cachorro não deixa
A gata se queixa
Mas fica por lá

Maria Rita-Maria do Socorro

Tava ouvindo essa música e de repente me peguei criticando a Maria (não tenho nada contra ela não, até curto algumas músicas). O mais recente trabalho dela é sobre samba. Pensei sobre como alguém que nunca pisou numa favela, pode querer capturar a malandragem, mais ainda, como quem nunca conviveu com as tristezas de cotidiano sofridas pela gente sofrida do morro pode conseguir dar o tom de tristeza-esperançosa-chorosa-apaixonada ao samba que canta? Acho difícil. Não só por ela não, falo por mim também e todos os músicos que vivem fora dessa realidade; me acho incapaz de fazê-lo. O samba do asfalto é interpretado. O samba vivido do morro, esse sim é cantado. E está cada vez mais na moda gente do asfalto interpretar samba né?Uma febre! O Brasil há muito exporta a imagem de país do samba. Muitos(turistas ou brasileiros mesmo) compram enganados esse produto...não sabem que a essência do samba não se vende. Se vive.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Impressões digitais


Leitores assíduos ou esporádicos do canto aceitem a humilde desculpa desta que vos fala...Muito tempo que não posto nada né?Falta de tempo total por causa da faculdade. Pra ser sincera em época de prova a minha criatividade tira férias... enfim...o primeiro post de 2010.


Com o advento de minhas tão sonhadas férias, tenho mais tempo pra fazer uma das coisas que gosto que é ficar na internet.

Começo então a “conhecer” pessoas novas...as aspas porque, entendi que não posso pensar conhecer alguém sem o olho no olho...isso é essencial.

A internet propicia impressões. Como uma pintura que te causa um sentimento, mas não se é capaz de adivinhar o que de fato o pintor sentiu quando fez o registro. Nessa louca rede de redes, cada um pode ser quem quiser. Se pessoalmente há pessoas que dizemos ter duas caras, on line esse número pode multiplicar-se em progressão geométrica!

E quando não fixamos direitinho essa idéia, começamos a personificar o não personificável, se é que isso é possível. Saias justas virtuais, paixonites e até aborrecimentos ganham espaço e registro além de nossos HDs...é incrível... às vezes não se tem idéia de como são as pessoas do outro lado, mas sentimos falta quando elas “somem”, notamos as mudanças de humor... passam a fazer parte da nossa vida.

Acho isso bobo e bonito ao mesmo tempo. Colocamos coração onde a princípio é impossível fazê-lo.